quarta-feira, 3 de abril de 2013

Pílula: Yasmin, Diane 35, Selene e outras



Ginecologista esclarece como funciona cada tipo de pílula anticoncepcional



As pílulas anticoncepcionais são um dos métodos preferidos das mulheres na hora de se prevenirem contra a gravidez. Existem diversos tipos diferentes e o que faz bem para uma pessoa nem sempre faz bem para outra. Os efeitos variam especialmente por causa dos hormônios. “Pílulas anticoncepcionais são medicamentos compostos por hormônios sintéticos parecidos com os hormônios naturais estrogênio e progesterona, produzidos pelos ovários”, explica a ginecologista Marilda Plácido, professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/Fase).
Existe uma quantidade enorme de pílulas, muitas similares entre si, com a mesma composição, mas de laboratórios diferentes e com preços que também variam, e existem também medicamentos genéricos. Mas como agem no corpo Yasmin, Diane 35, Selene e outras marcas usadas pelas mulheres? Listamos algumas das pílulas mais conhecidas e a ginecologista falou um pouco sobre cada uma delas. Confira:
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Diane 35: Melhora a acne e o excesso de pelos. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
Elani Ciclo: Possui um tipo de progestágeno que se aproxima muito do natural, por isso tem menos efeitos colaterais. Também ajuda a melhorar acne e excesso de pelos. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
Yasmin: Assim como a Elani Ciclo, possui progestágeno que se aproxima do natural e tem menos efeitos colaterais. Também é uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
Yas: Possui menos estrógeno na composição. A cartela tem 24 comprimidos e são quatro dias de intervalo.
Selene: Tem a mesma composição e efeitos que a pílula Diane. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
Siblima: A dosagem de estrógeno é menor, por isso são mais comprimidos. A cartela vem com 24 e são 4 dias de intervalo.
Diminut: Possui uma dosagem hormonal mais baixa. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
Mercilon: É uma cartela com 28 comprimidos de uso contínuo e a mulher não menstrua. A dosagem de estrógeno é mais baixa.
Tamisa: Tem a mesma composição que a Siblima. A dosagem de estrógeno pode ser de 20 ou 30, dependendo da resposta da paciente. Quando a dose é muito baixa, algumas pessoas apresentam sangramento, por isso precisa aumentar. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
Cerazette: Não é uma pílula combinada, possui apenas progestágeno. Ideal para quem tem risco de tromboembolia, como as fumantes. É de uso contínuo, a cartela tem 28 comprimidos e a pessoa não menstrua.
Allestra 20 ou 30: Assim como a Tamisa, possui dosagens diferentes de estrógeno, dependendo do caso de cada paciente. É uma cartela com 21 comprimidos e sete dias de intervalo.
A Dra. Marilda Plácido explica que a pílula pode conter progestágeno isolado ou associado a estrógeno (a chamada pílula combinada). A dose de estrógeno varia em cada tipo de pílula, sendo recomendado atualmente a utilização de pílulas com 35mcg ou menos deste componente, devido ao menor risco de efeitos colaterais, principalmente fenômenos tromboembólicos, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, tromboses em geral, etc, aumento da pressão arterial, etc. Já o progestágeno é variado, tendo efeitos diferentes. Há o acetato de ciproterona (Diane 35SeleneDiclinArtemidis, etc), indicado para mulheres que têm acne, por exemplo; o levonorgestrel (MicrovlarNordette, Level, etc) que tem uma ação ruim sobre o perfil lipídico, podendo elevar o colesterol e o LDL, o “mau” colesterol, mas é o que tem menor risco de potencializar os fenômenos tromboembólicos do estrógeno; o gestodeno (AllestraMicropilSiblimaTâmisa, etc) e o Desogestrel (MercilonPrimera,etc), que têm melhor ação sobre o perfil lipídico; a Drospirenona (YasminYasYumeElani, etc), e diversos outros. “No período de amamentação, até o sexto mês após o parto, se o bebê estiver com amamentação exclusiva ao seio, a pílula combinada não deve ser utilizada, pois o estrógeno pode alterar a qualidade e a quantidade do leite, nesse caso o indicado é uma pílula só com progestágeno, como Cerazette, por exemplo”, recomenda.
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Devido ao risco de efeitos colaterais e a todas essas especificidades dos vários componentes, a pílula deve ser prescrita por médico, que vai avaliar cada caso, quanto a riscos á saúde da mulher, contra-indicação ao uso da pílula, dose de estrógeno e tipo de progestágeno a ser prescrito. “A pílula pode ser usada ininterruptamente ou com pausa entre as cartelas. As de uso contínuo podem ser todas com hormônio e, nesse caso a mulher não irá menstruar, ou podem conter placebo (substância inerte) no período correspondente á pausa e, nesse caso a mulher irá menstruar. As pílulas que têm pausa podem ter 21, 22 ou 24 comprimidos e as pausas variam de 7, 6 ou 4 dias, respectivamente”, explica.
Os principais benefícios, além da contracepção, são o controle do ciclo menstrual, a redução do fluxo e, consequentemente do risco de anemia, redução da dismenorreia  (cólica na menstruação), redução do risco de câncer de ovário, etc. Quanto ao ganho de peso, a ginecologista diz que as pílulas podem causar um aumento de dois a três quilos. Caso ocorra um ganho maior, é necessário uma investigação clínica pois, geralmente, alguma outra causa está associada.

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